Abas

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O Canto nu.

O canto solto no ar.
Amigo do silencio
Dueto infalível

O resto de ar na garganta
O que fica entre as dobras
E escapa pelas pontas
preenchendo intervalos pirracentos
Enfeitando-os de cor.

As onomatopéias sem por quê
Mas cheias de pra quê.

Ah, o canto nu!

Há a explosão!

Júlia Carvalho