o que fazer com as feridas,
se não soprá-las com palavras?
Arde entender o comportamento do nosso íntimo
diante dos pouquinhos do Mundo.
Cada pedacinho de pensamento
é suficiente para nos tornar mais sensíveis ao belo,
e mais pensantes ainda frente a tragédia.
Tudo bate com mais força.
O óbvio passa despercebido,
e a essência das coisas mexe com os poros.
E vale a pena,
afinal, o que é a auto-realização do artista
se não o fruto do que lhe provoca?
Júlia Carvalho
Nenhum comentário:
Postar um comentário