Eu sofri até o ponto necessário.
Até a linha lanzuda do teu abandono
não ter mais como se esticar
enrolando minha garganta.
Eu me achava desencorajada
e desrespeitava a minha fraqueza.
Achei que sentia mais do mesmo todos os dias
enquanto meu processo passava invisível diante dos meus olhos molhados.
Mas agora
chegada a hora do meu abandono
eu renuncio de tudo isso.
Eu renuncio do teu lençol de flores pequenas
Eu renuncio do barulho das cadeiras de tua cozinha
E de toda cúrcuma.
É que preciso renunciar do teu silêncio.
Agora. Ou mais breve do que nunca.
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